PPP

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - ARMAÇÃO– “Vivendo Aprendendo”
Rua Izidoro Pires, 143 – Armação do Pântano do Sul – Florianópolis-SC.


PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

I – INTRODUÇÃO
            O PPP é um documento dinâmico, que retrata a instituição que queremos. É um projeto de reflexão, deliberação e avaliação constantes, onde a comunidade escolar, famílias e funcionários, buscam delinear e encaminhar questões administrativas e pedagógicas, de forma democrática e autônoma, buscando reforçar a identidade do NEI Armação.
É necessária a socialização e apropriação das idéias de seu conteúdo e a constante atualização, em função das transformações.

II - DIAGNÓSTICO

Nossa Comunidade
            Os moradores mais antigos são em sua grande maioria açoriana que tinham como principais atividades econômicas, a pesca e a agricultura, principalmente do café, da cana-de-açúcar e da plantação da mandioca para produção de farinha.
            Atualmente, é bem diversificada a atividade econômica e as várias profissões, alternando-se para o comércio, funcionalismo público e artesanato.
            Com o passar do tempo a cultura local foi incorporando outros costumes e valores, trazidos na sua maioria por gaúchos, paulistas, pessoas do interior do Estado, assim como também por estrangeiros oriundos principalmente da Argentina e Uruguai.
  
III - CARACTERIZAÇÃO

            O Núcleo de Educação Infantil Armação está vinculado à Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Florianópolis, sendo a responsabilidade de toda a manutenção da estrutura física, de fornecimento de material pedagógico, de limpeza, de merenda escolar e ainda de remuneração dos funcionários.

Histórico do NEI Armação
1980 – A Educação Infantil Iniciou com duas turmas de pré-escolar, em uma sala na EBM Presidente Castelo Branco.
1988 – Foi construída uma estrutura independente, administrada pela Escola Básica, com uma sala, uma secretaria, uma cozinha, um depósito de alimentos, um banheiro adulto e outro infantil, num terreno nos fundos, à Rua Izidoro Pires, nº 143, Bairro: Armação do Pântano do Sul, CEP 88066-520.
1990 – Até aqui o atendimento baseava-se numa prática assistencialista e higienista. A partir deste ano, através de cursos realizados pela rede, passou-se a observar o desenvolvimento cognitivo e motor. A prática era eclética e o planejamento era baseado em temas geradores e datas comemorativas.
1992 – Ampliação da estrutura para mais duas salas, uma lavanderia, um banheiro infantil, um almoxarifado e um hall. Indicação pela Secretaria Municipal de Educação, com aval dos funcionários, a Prof.ª Eliane Chagas para direção desta unidade educativa. Após um ano, tem seu nome legitimado pela comunidade escolar através de eleição direta.
1995– É indicado pelos funcionários o prof. Aquiles Carlos Mendes Pereira para completar o mandato. E para o 1º semestre de 1996, foi indicada a Prof.ª Stela Elzira Corrêa pela SME. Neste ano têm início na rede as reflexões sobre PPP e Conselho de Escola. A comunidade do NEI é sensibilizada através de várias reuniões, com a assessoria da prof. Nély de Souza Brito e é escolhido o lema da escola “Vivendo Aprendendo”.
1996 – A Unidade passa a funcionar em uma casa alugada pela SME, para efetuarem a obra de drenagem do terreno e problemas da fossa. Assume por eleição direta a prof.ª Eliane Valdice Duarte que conclui sua gestão.
1997 – Inicia a construção de mais uma sala para atendimento às crianças do maternal II, que vinham sendo atendidas na sala da secretaria, há três anos. Criado o Conselho Deliberativo.
1998– É eleito Jairo Norberto Pereira, que permanece até setembro de 1999, quando mais uma vez é indicado pelos profissionais da unidade o prof. Aquiles Carlos Mendes Pereira, para completar o mandato. É efetivado o Serviço de Supervisão Escolar e o primeiro PPP é sistematizado, definindo como sendo função do NEI, cuidar e educar as crianças, complementando a educação familiar, objetivando proporcionar momentos de participação, solidariedade, cooperação, responsabilidade, criatividade, conhecimento e afetividade entre crianças e adultos, visando torná-las críticas e ativas na sociedade.
1999 – A SME fornece brinquedos para o parque que na época possuía alguns comprados e construídos com a colaboração dos pais e a artista plástica Angélica Hoepers Simões ilustra as paredes da unidade.
2000 – Eleita para dirigir o NEI, por voto direto, a auxiliar de ensino Márcia Nilda Pereira Ramos, sendo reeleita em 2002.
2002 – Nova reforma, iniciada em janeiro e concluída em março. Pintura, troca de pisos e azulejos, construção de uma rampa, lixeira e reservatório de gás, troca de alambrado, adaptação do banheiro para portadores de necessidades especiais. Entretanto, esta reforma não atendeu as reivindicações: construção de mais um banheiro infantil, sala multiuso, sala para coordenação, refeitório, biblioteca, ampliação da cozinha e almoxarifado e área coberta. Nova sistematização do PPP.
2004 – Eleita para direção, por voto direto, a auxiliar de sala Claudete Benta Oda. Este foi o último ano que atendemos crianças de 2 anos e 7 meses até 6 anos.
2005 - Em dezembro inicia-se a construção da nova unidade educativa.
2006 – A necessidade de mais vagas, a falta de uma creche pública nesta comunidade, as reivindicações e a luta sistematizada desde 2000, culminaram na construção da creche da Armação, com promessa de término para o final deste ano.
A partir deste ano, pela antecipação das crianças no ensino fundamental e ainda com a estrutura precária, iniciamos o atendimento às crianças com 1 ano de idade. Em novembro houve a conclusão parcial da unidade, proporcionando a mudança de prédio, passamos a utilizar 5 salas sendo que neste momento abrimos duas turmas com capacidade para 30 crianças de grupo III. Reeleita por voto direto Claudete Benta Oda, para o biênio 2007 e 2008.
2007 - Inicia-se a segunda etapa da obra, com muitas dificuldades e um trabalho lento, fazendo com que a comunidade se mobilizasse para que houvesse um prazo definitivo para a conclusão da obra.  A lista de espera aumenta significativamente.
2008 - Inicia-se o ano com um atraso de dois dias.  O prédio que as crianças são atendidas desde 2006, vem apresentando riscos à integridade física das mesmas e a partir desta demanda, funcionários e pais mobilizam-se para que os reparos sejam realizados.  Neste ano, por determinação da portaria de matrícula, inicia-se o atendimento de crianças acima de 4 meses.  Em agosto deste ano é feita a inauguração da segunda etapa da obra do novo prédio, perfazendo um total de dez salas de atendimento as crianças. Em setembro inicia-se o Período Integral, para cinco grupos. Ainda neste ano acontece eleição para diretores, onde é reeleita novamente, por voto direto, Claudete Benta Oda, para o biênio 2009 e 2010. 
2009 – Foi criada a APP do NEI ARMAÇÃO e com isso atribuída mais uma função ao Conselho Deliberativo: Fiscalizar a aplicação dos recursos da APP. Já neste ano houve dificuldades na manutenção de nossas Reuniões Pedagógicas Mensais.
2010 – Neste ano o grupo decidiu, ainda que bastante insatisfeito, pela interrupção (momentânea) do Grupo de Estudos. No ano anterior dos seis grupos de estudos, apenas dois foram realizados (com dificuldades), devido à falta de funcionários durante o ano letivo. Então foi decidido que o NEI iria fazer seus estudos durante as Reuniões Pedagógicas: meio período para estudos mais sistematizados e o outro meio período para discussões mais amplas e informes. Este foi mais um dos motivos da reafirmação da importância das Reuniões Pedagógicas mensais. Neste ano, infelizmente, a Secretária disponibilizou apenas seis reuniões; O encaminhamento foi manter as Reuniões Pedagógicas mensais, encaminhamento este apoiado pelas famílias; Em Reunião Geral de Pais no dia 09 de fevereiro referendaram nossa decisão e ao longo dos meses de fevereiro e março assinaram abaixo-assinado com o pedido dessas reuniões mensais, compreendendo a importância das mesmas. A Direção enviou o calendário por quatro vezes e este foi em todas indeferido, o que acreditamos ser bastante prejudicial. Também elegemos novo Conselho Deliberativo para o ano de 2010 a ser: Claudete Benta Oda, Rita de Cássia Mattos, Márcia Regina Tamanini, Zenilda Arcênio,Tayse Caldeira, Patrícia Silveira, Ana Paula Rosa e Dejair Nunes. Realizou-se eleição direta e a Auxiliar de Ensino Márcia Nilda Pereira Ramos foi eleita diretora para o triênio 2011-2013.
2011 – Este ano iniciou-se com uma nova proposta de formação por parte da Diretoria de Educação Infantil. Tivemos formação (nos espaços das reuniões pedagógicas) ao longo dos meses sobre as Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis para todos os educadores da unidade, exceto funcionárias da cozinha e limpeza, fato este que contestamos por acreditar na importância de todos participarem das formações. Nossas Reuniões Pedagógicas foram meio período na unidade e outro período (com alternância) no auditório da Escola Básica Dilma Lúcia dos Santos com outras unidades, em formação, coordenados pela Diretoria de Educação Infantil. Também elegemos uma nova Associação de Pais e Professores (Simone Garcez, Cláudia Carvalho, Marinete Sodré, Rochele Vaucher, Micheli Pires, Rúbia Pires, Jusiele Duarte e Anselma Juventina), além do Conselho Deliberativo (Márcia Pereira Ramos, Rita de Cássia Mattos, Angélica da Silveira, Eliane Duarte, Tayse Paula Caldeira, Rejiane Pires, Valéria Santos Andrade, Gilberto Silveira e Joi Joaquim Duarte). Tivemos apenas dois grupos de estudo acontecendo, fora de horário de trabalho, já que não conseguimos no ano anterior realizar esse tipo de formação em horário de trabalho. Destes dois grupos apenas um concluiu seus estudos, sendo que este que veio a concluir foi iniciado no segundo semestre. Iniciamos o Projeto Palco Aberto e Cinema na Escola, oportunizando as crianças e a todos os funcionários mais uma possibilidade de ampliação de seus repertórios envolvendo a arte.   
2012 – Em maio deste ano há uma nova organização da unidade e muitas crianças são integralizadas, em função de não haver lista de espera e existir um considerável número de vagas em aberto. Nossas reuniões pedagógicas e formações aconteceram no mesmo dia, a ser: meio período de reunião pedagógica e meio período de formação dos NAP´S (Núcleos da Ação Pedagógica), com alternância nessa organização. Diferentemente do ano anterior, na formação dos NAP´S as professoras, auxiliares de ensino e de sala, supervisão e direção escolheram um núcleo da ação pedagógica, específico, e durante todos os encontros de formação o aprofundaram. Deste modo nos dividimos (eram sete núcleos) e íamos a espaços de formação diferentes, nos encontrar com outras profissionais que optaram pelo mesmo NAP. Na formação do Grupo de Pais tivemos dois encontros por semestre, totalizando quatro encontros ao longo do ano, com um tema específico: Sexualidade. Contamos com o psicólogo Laury Oliveira (naquele momento também pai de uma criança da unidade) para nos conduzir nas reflexões do Grupo de Pais neste ano. A APP permaneceu com a mesma constituição, já que é eleita de dois em dois anos, mudando apenas alguns membros. Já o Conselho Deliberativo, que é anual, foi eleito nova constituição em 2012, a ser:  Márcia Nilda Pereira Ramos (presidente); .Rita de Cássia Mattos e Angélica Silveira (Representantes Titulares dos Funcionários); Eliane Valdice Duarte e Nayara Karoline da Silva (Representantes Suplentes dos Funcionários); Marcos Arrelaro e Patrícia Maria Vieira (Representantes Titulares dos Pais); e por fim Joi Joaquim Duarte e Valéria Santos Andrade como Representantes Suplentes dos Pais.
2013 – Iniciamos o ano com uma nova experiência: as professoras e auxiliares de ensino passam a ter hora atividade em tempo, iniciando com 16 horas mensais, sob a Portaria nº 023/2013.
2014 - Este ano o Nei Armação dispõe de nova direção a auxiliar de sala Gracelaine Battisti foi indicada ao cargo, por não haver coro na eleição do ano anterior. A mesma coordenou o programa creche de verão que ocorreu pela primeira vez nesta unidade educativa. Também veio fazer parte da equipe diretiva a supervisora Márcia Maria da Silva Knoblauch que tomou posse da vaga em aberto. Segundo a portaria N° 005/2014 que estabelece a organização da hora atividade, no cargo de professores e professores auxiliares à mesma passou de 16hs para 32hs mensais para servidores que possuem jornada de 40hs semanais. Sendo assim, o quadro de professores auxiliares foi ampliado com o objetivo de cobrir a ausência do professor nesse período.
2015 –
2016 – 

Instalações
Contamos com a seguinte estrutura física:
              10 salas de atendimento as crianças.
              01 cozinha.
              01 secretaria.
              01 sala de Direção.
              01 sala de professores.
              03 banheiros de adulto.
              02 banheiros infantis com banheira.
              03 banheiros infantis.
              01 depósito de materiais de limpeza.
              01 depósito de Educação Física.
              01 depósito de materiais didáticos.
              01 sala de amamentação.
              01 sala da Supervisão Escolar.
              01 refeitório.
              01 depósito de alimentos.
              01 sala multiuso.
              01 área coberta.
              01 hall de entrada.    

Organização dos Grupos
Os critérios para organização dos grupos estão baseados em aspectos pedagógicos que garantam o bem estar das crianças, de acordo com a demanda da comunidade, sempre respeitando os direitos das crianças e a legislação vigente, sendo esta a portaria de matrícula do ano específico.
Nossa instituição já organizou suas turmas de algumas maneiras e atualmente as crianças são distribuídas com a possibilidade máxima de dois grupos distintos (por exemplo, GIII e GIV). Já experimentamos organizações de até três grupos distintos e avaliamos a experiência como desfavorável ao desenvolvimento das crianças. Essa organização máxima de constituição de uma turma, de no máximo dois grupos, apenas não se aplica ao Grupo I, por ser tratar de bebês com especificidades tais que nos indicam não ser adequada a mescla de grupos. Contudo é importante colocar que acreditamos na interação entre crianças de diferentes faixas etárias, porém há de se considerar que interação não se constitui apenas em colocar crianças num mesmo espaço de sala, mas sim na busca de organizações que em momentos e espaços distintos, possam dialogar e propor vivências de fato significativas, para cada criança envolvida no processo de cuidado e educação.
 Atualmente o Nei atende a 255 crianças, na faixa etária de 04 meses a seis anos de idade.

IV- BASES DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

Concepção de Homem, Sociedade e Educação.
            Nós, profissionais do NEI Armação, concebemos o homem como ser biológico-sócio-histórico em constante transformação, que têm direitos e deveres. Pensamos também que a mudança social é inevitável e que a contribuição para que se torne mais igualitária e fraterna, provém da educação.
            Temos como propostas de educação:
              Proporcionar a convivência com as diferentes pessoas, grupos e/ou espaços.
              Possibilitar a troca de experiências e o desenvolvimento das diversas reflexões e vivências que as levem a serem críticas e autônomas.
Acreditamos que possibilitando as crianças uma educação de qualidade poderá contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e solidária.

A Criança que Recebemos.
            Consideramos a criança que recebemos como um ser social em processo de desenvolvimento, que vive num determinado tempo e espaço contextualizados historicamente. É sujeito ativo no seu processo de apropriação e ampliação de conhecimentos e experiências e na construção de sua autonomia e personalidade.



Direitos e Deveres das Crianças
(Do documento do MEC/Secretaria de Ensino Fundamental-1997).

               Nossas Crianças têm direito a brincadeira;
               Direito a atenção individual;
               Direito ao contato com a natureza;
               Direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante.
               Direito a uma alimentação sadia.
               Direito ao movimento em espaços amplos.
               Direito ao afeto, a proteção e a amizade.
               Direito a expressar seus sentimentos.
               Direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e expressão.
               Direito a uma especial atenção durante seu período de adaptação à creche.
               Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa.

As Relações Entre as Crianças.
            As crianças são seres sociais em processo de desenvolvimento que possuem características próprias de seu tempo de infância.  Através das interações criam e negociam regras, assumem e atribuem papéis, elaboram falas e partilham significados e conhecimentos.
Através da atividade compartilhada, da comunicação, da cooperação e até mesmo do conflito, as crianças constroem em conjunto, seu conhecimento sobre o mundo que a cerca. Quando se relaciona com outras crianças, ela experimenta situações de vida, ora de competição, ora de cooperação, ora de coragem, ora de medo, ora de alegria, ora de tristeza, compondo assim uma gama de conhecimentos que lhe darão bases para sua formação como um ser completo.
 “Encontros e desencontros, acertos e desacertos, brincando e brigando, medindo forças e carinho, preferências e afinidades se definem: é com o outro que o conhecimento se constrói”. Cecília Warschauer (1993).
A possibilidade de interagir com crianças de diferentes idades, através dos grupos mistos e com as de outros grupos, dão a elas novos instrumentos para lidar com o mundo que as cercam, é um momento de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesmo e sobre o outro. Sua identidade depende das suas condições concretas de existência, assim como da maneira pela qual vai ressignificando as relações as quais esta envolvida.
No decorrer do processo de socialização, a criança vai aos poucos se tornando capaz de cooperar e caminhar em direção a autonomia, que supõe a construção de princípios e valores próprios.

As Relações entre os Profissionais e as Crianças.
            “Considerando a imitação uma forma importante e primeira de aprendizagem na infância, faz-se necessário que os profissionais do NEI Armação assumam-se como modelo e por isso reflita constantemente sobre suas ações e posicionamentos, sendo que estes terão conseqüências para a prática educativa”. Educação Infantil-SME (1996).
            Os profissionais de educação deverão atuar como mediadores e orientadores, buscando uma prática planejada e intencional, a fim de abolir o autoritarismo e/ou o espontaneismo.  Ao planejar suas ações, o professor deverá estar pautado nos objetivos do PPP e os documentos norteadores da PMF, considerando a realidade das crianças e proporcionando instrumentos e vivências para que elas possam desenvolver a imaginação, a criatividade, bem como todo o seu potencial, garantindo a liberdade de manifestar suas idéias, opiniões e questionamentos.
            As profissionais deverão, junto às crianças, desenvolver valores éticos, humanistas, de amizade, cooperação, respeito e autonomia, respeitando a diversidade e ritmos individuais, além de debater posturas de discriminação.

As Relações Entre Profissionais da Unidade.
            As relações estabelecidas entre os profissionais serão éticas e efetivas e terão por objetivo desenvolver um trabalho de cooperação e socialização, procurando proporcionar momentos de reflexão de nossa prática, buscando soluções para os problemas que surjam.
            A construção do conhecimento se dá nas interações sociais; assim, precisamos refletir sobre a estrutura e modo de funcionamento do NEI, buscando fazer dele, um lugar onde o saber socialmente construído seja, de fato, compartilhado. Para isso, é necessário o comprometimento de todos neste espaço educativo e pedagógico.

Relação da Unidade e a Família.
            A unidade educativa, após os anos de 2015 e 2016 com a formação acerca do tema, entende a família como parceira efetiva em todos os momentos envolvidos no processo de cuidado e educação de nossas crianças.  É importante salientar que o Nei Armação deve procurar se envolver nas atividades que ocorrem na comunidade de forma a positivar as relações que envolvam nossa comunidade, assim como também realizar junto as famílias as atividades e/ou eventos planejados com os projetos de Aniversario Coletivo, de festa da Família, o projeto Arte e Cultura, e o projeto Parque e outras propostas que venham a surgir.
As reuniões/encontros com as famílias, segundo o calendário, serão bimestrais para acompanhamento das turmas.  A unidade desenvolve um Projeto onde são realizados grupos de estudos, chamado Grupo de Pais. Estes momentos são dinâmicos e atrativos, com palestras sobre assuntos ligados ao universo infantil, oficinas e/ou outras atividades que se mostrarem necessárias à apropriação pelas famílias da metodologia e conceitos trabalhados pelas profissionais na unidade.
As reuniões da APP e Conselho Deliberativo, assim como as comissões de organização para os projetos vigentes são espaços onde as famílias precisam participar ativamente.  É necessário entender que, no NEI Armação a presença das famílias faz-se essencial em todos os momentos, não apenas nos formalizados em calendário. A proposta de se “construir” um espaço democrático perpassa por essa atitude, pois é impossível tecer um lugar democrático, escolhendo os momentos que a família “pode participar”. Dito isso reafirmamos a importância da presença das mesmas em todos os espaços e tempos em nossa Unidade.  

Educação das Relações Etnico-Raciais
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
Documentos legais:
Lei nº. 10.639 – 09 de janeiro de 2003.
Lei nº. 11.645 – março de 2008.
Parecer CNE/CP nº. 003 – 10 de março 2004.
Parecer CNE/CP nº. 02/07 – 31 de dezembro 2007.
Resolução nº. 01 – 17 de junho de 2004.
Resolução Municipal nº. 02 – 29 de abril de 2009.

Segundo a Resolução nº. 02/2009 do Município de Florianópolis em seu artigo 2º a Educação das Relações Étnico-raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena terão como objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como, valores que eduquem os cidadãos quanto a pluralidade étnico-raciais, tornando-s capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade na busca da consolidação da democracia brasileira, corrigindo posturas e atitudes que impliquem desrespeito e discriminação. 
Dentro de cada instituição educativa tal compromisso deve ser presente e constante, mas, sobretudo, consciente, pois não se trata apenas de nova lei que “deverá ser cumprida”, mas sim de uma política urgente de reparação, que resguarde e reafirme a importância de cada povo/etnia na formação de nossos hábitos, costumes e heranças culturais. Compreendendo que a formação do povo brasileiro é composta na e pela diversidade e que até hoje, raras exceções, as instituições escolares sempre ressaltaram um modelo educativo e de Homem eurocêntrico faz-se fundamental essa nova perspectiva.
A partir dessas considerações o NEI ARMAÇÃO referenda o trabalho com projetos educativos que resgatem as contribuições dos diversos povos que constituem a identidade do povo brasileiro, entendendo que não é a partir de datas comemorativas e afins que estaremos a reconhecer a importância de um povo/etnia em nosso país. Também considera a necessidade de desconstruções de antigos “códigos” que foram e ainda o são hoje ligados de modo totalmente equivocado a um povo e/ou etnia, fazendo muitas vezes, com que está fique reconhecida somente a uma ou duas contribuições e/ou características; É o que muito ocorre quando atribuímos à ginga, a alegria e a fome ao Continente Africano e a “mata” e a ingenuidade aos índios brasileiros. É preciso que se ampliem esses olhares, mas para que isso ocorra é fundamental que sejam oportunizados momentos de conhecimento; Não somente para as crianças aqui atendidas, mas também e talvez, principalmente, aos adultos que aqui estão (profissionais e famílias). Como apresentar, trabalhar num projeto o Continente Africano e suas contribuições para nossa nação se a nós, adultos não nos foram apresentado essa possibilidade? Basicamente daí surge essa política, a qual está sendo chamada Política de Reparação. E é por ela que o NEI ARMAÇÃO reconhece e se compromete com a formação de seus profissionais, também neste tema. A respeito disso a Resolução Municipal em seu 6º artigo, inciso II se refere à formação continuada para os profissionais da Educação, com vistas à efetivação de práticas pedagógicas e assegura o Sistema Municipal de Ensino do Município como principal responsável por este dever. Ainda no inciso I fala das condições materiais e financeiras, garantindo acervo documental referente à legislação educacional específica, bem como os materiais bibliográficos e didáticos necessários como responsabilidade do mesmo Sistema. No entanto também é de responsabilidade de cada Unidade Educativa, em sua gestão financeira, prever políticas afirmativas que contemplem as Relações Étnico-Raciais, pois se pensamos e afirmamos uma Gestão Democrática, pressupomos também uma gestão composta pela e para a diversidade.

Inclusão.
Os termos inclusão e integração nunca estiveram tão presentes em nosso cotidiano quanto nas últimas décadas.  Os estudos mais recentes que tratam do tema remetem para a preocupação de se transcender práticas que visem à integração do sujeito á sociedade, ou seja, está-se buscando antes, a adaptação da sociedade ao sujeito. Nesse contexto, insere-se uma questão pertinente: Qual seria o papel das instituições educativas nessa busca por uma sociedade mais justa e igualitária em direitos, ou seja, uma sociedade inclusiva?
Registramos que, enquanto espaço educativo, acreditamos que temos importante papel a desempenhar na busca por essa sociedade inclusiva e que uma escola aberta às diferenças seria, dessa forma, um espaço social privilegiado no que diz respeito à forma de lidarmos com as singularidades humanas.
Antes de explicitarmos quaisquer linhas de ação, é necessário frisar que o NEI ARMAÇÃO conhece e legitima o rol de documentos nacionais (resoluções, decretos, leis e afins) que embasam o trabalho com a criança com deficiência. Porém, é tão ou mais necessário afirmar que o NEI ARMAÇÃO procura reger suas condutas de trabalho no que tange a inclusão, sob a premissa de uma sociedade inclusiva para todos. Assim, são referenciais para o trabalho inclusivo que a Unidade desempenha os conceitos de inclusão escolar e de sociedade inclusiva, apresentados por Mantoan e Werneck. Ambas apresentam a inclusão escolar a partir do enfoque de que devemos ensinar, indistintamente, a todas as pessoas, sem deixar ninguém de fora do ensino regular, quer sejam deficientes, superdotados, negros, pobres, homossexuais ou qualquer outra minoria.
Tal preceito nos parece legítimo e respaldado a partir de duas premissas básicas: uma delas remete aos direitos humanos, ou seja, à consideração de que todos têm seus direitos garantidos, inclusive por lei, sendo alguns deles o direito a educação e à diversidade; A outra remete a uma questão ética, que diz respeito à postura que cada sujeito adota diante daquele que lhe é dito diferente. Assim sendo, acreditamos que possa haver a consideração distorcida de que a inclusão escolar seria apenas a inserção da criança com deficiência na rede regular de ensino (ao mesmo tempo em que reconhecemos que a evolução histórica e conceitual do trabalho com a criança com deficiência na escola e fora dela possa ter levado a esse equívoco).  
Não queremos dizer com isso que estamos abrindo mão ou deixando de reconhecer a necessidade de trabalhos mais específicos que possam surgir, por exemplo, no trato com a criança com deficiência, mas, sim, que procuramos tecer nossa linha de trabalho sob os princípios da aceitação às diferenças individuais; da valorização de cada pessoa; da convivência dentro da diversidade humana e da aprendizagem através da cooperação. 
Acreditamos que as práticas discriminatórias nas escolas somente serão superadas pela consideração da diversidade humana como ponto de partida para a adoção de práticas inclusivas. Assim sendo, são eixos norteadores de nosso trabalho, no sentido de buscar uma educação inclusiva e uma aprendizagem de qualidade:
              Afetividade – Entendendo que qualquer atividade que vise promover o desenvolvimento cognitivo das crianças irá primeiramente passar pelo aspecto psico-afetivo, torna-se fundamental legitimar essa prática com essencial em nossa prática pedagógica.
              A solidariedade e a cooperação entre todos os sujeitos que constroem o espaço-escolar – crianças, famílias, profissionais e comunidade.
              A autonomia crítica.
              O Diálogo.
              A Formação Continuada das Professoras, Professores e demais funcionários e sua valorização.
              A Liberdade de Manifestação de Expressão das diferentes Culturas – Reconhecendo o NEI ARMAÇÃO enquanto instituição de educação pública e, portanto laica, é de fundamental importância salientar o respeito às diversidades culturais que se manifestam na religiosidade, nas crenças e nas formas de constituições familiares diferenciadas de cada criança atendida. É importante também nesta perspectiva repensarmos o que vem a ser manifestações culturais e o quanto algumas podem ter perpassado questões que a ligaram a religiões específicas, como é caso das Festas Juninas. Inicialmente oriundas da religião católica, hoje essas festas perpassam este aspecto religioso e são representações a respeito do Homem do campo e da cultura caipira. Outras práticas foram exaustivamente analisadas e atualmente o NEI ARMAÇÃO reafirmando o respeito às diversas constituições familiares organiza festas de confraternização com as Famílias em alguns momentos do ano, em detrimento de festas específicas como, por exemplo, os já tão comercializados “dia das mães” e “dia dos pais”. Ainda nessa perspectiva de inclusão está a proposta dos Aniversários Coletivos, que conforme projeto específico anexo neste PPP parte de comemorações coletivas, entendendo que todos e todas constituem esse espaço e, portanto merecem as mesmas considerações.

Princípios que norteiam a Ação Pedagógica.
Os princípios que norteiam a nossa prática contemplam a especificidade da infância, cuidando-a e educando-a em complemento a família, norteado pedagogicamente pelas interações, as brincadeiras, as múltiplas linguagens, a afetividade e a organização dos espaços educativos.
A construção da identidade da pessoa decorre sempre das interações que estabelece com os outros, os lugares onde vive e com os objetos que a cercam. Estar em grupo é estar com pessoas, compartilhando vivências e experiências diferentes, resultando destas relações o desafio de refletir sobre saberes já aprendidos, provocando mudanças.  Ao interagir vamos construindo e reconstruindo conhecimentos e significados. É importante que a educadora favoreça e torne possível a troca de conhecimentos entre as crianças e que as estimulem a participarem da construção do saber.
            A brincadeira é um meio privilegiado de inserção na realidade, expressa a forma como a criança reflete, ordena, desorganiza e reconstrói o mundo à sua maneira sendo também um espaço onde pode expressar, de modo simbólico, suas fantasias, desejos, medos, sentimentos e os conhecimentos construídos a partir da experiência vivida.  A brincadeira infantil é a forma que a criança aprende a dar sentido ao seu próprio mundo, assim, os profissionais de educação precisam proporcionar espaços e oportunidades que favoreçam o brincar, oportunizando a socialização e a comunicação entre os envolvidos.
            Quando falamos em linguagem, devemos entendê-la como meio fundamental para propiciar a organização do pensamento, sendo esta vinculada ao desenvolvimento cerebral, bem como ao desenvolvimento da fala, do gesto, das expressões gráficas e dos jogos. É por meio das diversas linguagens que expressamos aquilo que pensamos e sentimos, organizando e entendendo aquilo que queremos transmitir.
            Todas as dimensões humanas (física, social, afetiva, sexual, artística) são traduzidas através da manifestação das várias linguagens. Em nossa sociedade todas as linguagens têm papel importante na construção do ser humano, entretanto, nem sempre nos damos conta que cada uma tem sua função própria e que só é possível desenvolvê-las através das interações estabelecidas. A linguagem escrita é muito valorizada socialmente, como todas as outras formas de linguagens, ela está presente na vida da criança desde que nasce, assim, a partir do momento que ela descobre os aspectos funcionais da linguagem escrita, seu interesse e sua curiosidade tornam-se caminhos que a levam a sua aquisição.
Em nossa prática, a criança é concebida como ser social, assim como os adultos, em constante processo de desenvolvimento, que possui uma história e vive num espaço e tempo contextualizados. Estabelece relações com o meio e apresenta as linguagens de acordo com as relações sociais e culturais das quais participa. É sujeito ativo em seu processo de apropriação e ampliação de conhecimentos, experiências e vivências para a conquista de autonomia, o que lhe permitirá apropriar-se do universo cultural da humanidade.

Documentação Pedagógica em nossa Unidade
Qual o motivo de escolher o termo documentação pedagógica? Parece que este se torna um questionamento bastante relevante, já que se optou por utilizar essa nomenclatura.  Contudo, é importante pontuar que iremos tecer algumas considerações a respeito de documentação pedagógica num sentido mais amplo, na Educação Infantil, para após traçar encaminhamentos para nossa unidade. Falaremos disso, pois é essencial termos a clareza de uma tríade que sempre está presente em nossas práticas diárias: o registro, o planejamento e a avaliação. É a partir desses três elementos que podemos estar construindo, de fato, um espaço de Educação Infantil comprometido com o desenvolvimento de cada bebê e criança que freqüenta nossa instituição.
Quando cada um de nossos profissionais adentram o Nei Armação fica evidente que as práticas que guiarão o trabalho de cada um são construídas com a observação de quem é esse grupo de crianças, suas histórias de vida, o que já sabem, quais são seus anseios e desejos; claro, que também levando em conta o que cada professor considera importante a ser desenvolvido com este mesmo grupo. É a partir dessa configuração que irão sendo tecidas as possibilidades de trabalho com cada grupo que aqui se encontra.
Assim como os bebês e as crianças não sabemos de tudo, longe disso. Então para desenvolver propostas que verdadeiramente vão ao encontro dos pequenos precisamos assumir uma postura de pesquisador, de estudioso da realidade que cerca cada grupo, e cada criança, se “aventurar” a conhecer para ampliar os saberes já existentes.  Buscando registrar esse processo. O que queremos de fato com “nosso” grupo? Quais outras pessoas podem contribuir no processo? Qual conhecimento esta, de verdade, sendo instigante para essa turma? Essas e outras perguntas devem surgir em nossos caminhos nesta primeira etapa de conhecimento mutuo.
Ostetto (2008) diz que “a proposta de registrar a experiência vivida, descrevendo e analisando a complexa trama do cotidiano educativo, com seus fios, laços e nós, tem sido apontada e assumida como essencial para a qualificação da prática pedagógica”. Sabe-se que qualificando nossa prática pedagógica, estaremos nos aperfeiçoando também, neste sentido é uma via de mão dupla. Tendo clareza deste aspecto, enquanto professores precisarão traçar um plano de ação que os oriente, os acompanhe e traduza o grupo de crianças destes profissionais.  Esse plano de ação pode se concretizar de modos distintos: na construção de uma espécie de portfólio do grupo, um caderno de registros, pesquisas e anotações; ou em planejamentos dentro da perspectiva que mais conhecemos (semanais ou quinzenais). Ou ainda na elaboração de projetos de trabalho. Enfim é preciso compreender que essas escolhas de formas de planejar são pessoais, porém a documentações deve ser públicas. Existem registros que serão pessoais, assim como existem registros que devem ser públicos. As famílias devem ter a possibilidade de acompanhar as propostas pedagógicas que a serem desenvolvidas com o grupo de seu (a) filho (a). De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) “as instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de seleção, promoção ou classificação garantindo documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho pedagógico da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil.”  Cabe ao professor a forma de socializar esses caminhos percorridos, decidindo o que é pessoal e o que é público.
A Supervisão Escolar deve acompanhar e subsidiar esse processo e lhe é de direito receber as documentações pedagógicas que contem a trajetória pedagógica de cada grupo da unidade. Havendo registros significativos da caminhada de cada grupo, lhe cabe, de ano em ano, trazer subsídios e informações que julgar pertinentes ao professor que porventura for acompanhar o grupo no ano seguinte, caso o mesmo permaneça com constituição semelhante.
Dentro dessa perspectiva é necessário repensar as elaborações que apenas falem do que será proposto, pois o que é proposto quase sempre sofre modificações e até rupturas e desistências. Cabe constar na documentação de um grupo apenas que seu projeto de trabalho durante todo o ano foi “Literatura Infantil” ou “Culinária”? E o que de fato aconteceu? Tudo saiu perfeitamente, como apontava aquele projeto? Esse grupo apenas vivenciou um, dois projetos ao longo do ano? Que outras proposições são importantes registrar, contar? E mais que isso: No que serviu esses registros? Eles contribuíram com algum redimensionamento de prática? Se não, precisamos rever o propósito desse registro, cuja função é comunicar, mas também questionar, rever, traçar novas possibilidades.  Ostetto (2008) também nos lembra sobre a intensa relação entre o planejamento e o registro, deixando-nos perceber o quanto é impossível haver um redimensionamento de prática, sem que eu, professor registre o movimento do grupo que acompanho e com isso proponha encaminhamentos pedagógicos e os avalie, visto esta última etapa algo a ser alcançado, principalmente se pensarmos numa efetiva participação das crianças nesses processos descritos acima.  Desta forma, traçamos como encaminhamentos:
- É importante que as famílias tenham acesso ao desenvolvimento do trabalho pedagógica do grupo a qual seu (a) filho (a) está inserido, inclusive na forma escrita socializando os projetos, “portfólios”, planejamentos, avaliações semestrais, informativos, cartas, agenda, dentre outros, sem que uma escolha impossibilite outra, na forma que a professora julgar mais pertinente e compreendendo a obrigatoriedade de alguns destes documentos pedagógicos.
- Professores devem em parceria com a Supervisão Escolar, traçar quais documentações pedagógicas irão acompanhar o grupo. Essas escolhas podem mudar ao longo do ano, porém é preciso ter clareza que as propostas pedagógicas que o grupo desenvolve devem estar registradas, bem como serem entregues a Supervisão.
- No início do ano a Supervisão Escolar deve, individualmente, orientar os novos profissionais do Nei Armação e esclarecer como se organiza a documentação pedagógica na unidade ao longo do ano.

Planejamento.
            O planejamento é uma das ferramentas de trabalho dos professores, para que nossa prática seja intencional e não espontaneísta.  É o instrumento que organiza, orienta, antecipa, prevê, vê além. Envolve observações, escolhas, registros, avaliações, acertos, erros, dúvidas, projeções e intencionalidade.
            É no cotidiano da unidade que desenvolvemos quinzenalmente, os planejamentos, trocando experiências e interagindo, repensando, revisando, buscando novos significados para a prática pedagógica. É a constituição de um espaço coletivo de discussão, reflexão e produção de conhecimento que permite o trânsito de diferentes saberes.
            O quê? Onde? Como? Para quê? São questões que devem permear o processo de elaboração do planejamento que engloba a visão de mundo, os valores, as crenças, os princípios, a concepção de criança e principalmente deve levar em consideração o desenvolvimento de cada uma de nossas e no grupo como um todo.
            Sendo o trabalho dos profissionais da educação fruto da reflexão sistemática de sua prática, cabe ao professor planejar tendo uma atitude crítica diante de seu fazer, refletindo sobre a sua ação, redimensionando-a, tornando-a intencional, propositiva e positivando as relações nela contida.  Auxiliando-nos nesse processo alguns documentos têm sido bastante relevantes: As Diretrizes Educacionais Pedagógicas para a Educação Infantil e também as Orientações Curricular para a Educação Infantil, e o currículo da educação infantil volume III.

Projetos.
            O projeto de trabalho é mais uma possibilidade de planejar na Educação Infantil, sistematizando idéias e ações relacionadas a interesses, assuntos, situações e atividades significativas para as crianças. Este instrumento perspectiva trabalhar as especificidades, interesses e necessidades de cada grupo através de práticas de investigação, de contextualização, de interação e participação coletiva, proporcionando situações de conhecimento às crianças.
            Para a construção de um projeto de trabalho, é necessário a observação e registros sistematizados sobre o grupo; assim, na reflexão destes dados a educadora encontra subsídios para organizar o planejamento em torno do conhecimento das crianças, procurando criar condições físicas (ambientes e materiais) e psicológicas (enredo, fantasia e espaço imaginativo) para que o repertório cultural do grupo seja ampliado.  Faz-se necessário pontuar que nossos planejamentos coletivos são estruturados com este formato e constam como anexo ao fim deste documento.

Registro.
Segundo Luciana Ostetto (2001), “registrar é fazer história, tecer a memória, é ouvir, ver e marcar o cotidiano educativo, narrando o movimento do grupo, construindo sentidos e significados”.
            O professor é pesquisador, autor e narrador de sua história, e com o registro sistematizado e socializado de seu trabalho acontecerá o aprofundamento da prática pedagógica.  O registro constitui-se como uma forma de segurar a historia do grupo e assim constante poder refletir sobre ela, comunicar o que se fez, para assim apropriar-se e pensar, aprofundar o que já se sabe e perceber o que ainda não se conhece o que necessita conhecer é aprofundar em seu estudo teórico.  Desta forma, ao rever o que foi feito vai se revelando o que ainda há por fazer.
            Documentamos os fatos mais relevantes da atuação da criança no dia-a-dia: seu envolvimento com as brincadeiras, sua interação com o grupo, a maneira como resolve problemas, seus posicionamentos, a forma como utiliza as diversas linguagens, como assume e atribuem papéis frente às dificuldades.
As crianças também refletem constantemente sobre suas ações, pois assim apropriam-se de sua história, de seu processo de crescimento, de suas dificuldades, de seus limites e de suas possibilidades.
Os registros também contribuem para reavaliar o planejamento, o trabalho realizado pelos profissionais envolvidos, orientando e direcionando suas práticas, como também, permitindo a possibilidade de reconstruir a história de cada um e do grupo.
Avaliação
Avaliar na Educação Infantil. Tal consideração pode gerar aflição e muitos questionamentos. E não é para menos, principalmente se concebemos a avaliação como elemento que excluí, classifica e emite diagnósticos fechados. No entanto há outras formas de compreendemos a proposta de “avaliar na Educação Infantil”.  Deste modo parece ser de suma importância ter conhecimento de quando esse processo começou a ser discutido. Segundo Hoffman (1996) “o surgimento dos processos avaliativos, em Educação Infantil, deve ser questionado em termos de intencionalidade básica. Parecem tais processos terem surgido paralelamente à maior preocupação com essa instância educativa, em termos de políticas educacionais, no Brasil, a partir dos anos 70, conquistando-se, na Constituição de 1988, o reconhecimento da educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado”.
Fazendo uma análise, ainda que rasa, a discussão a respeito da avaliação na Educação Infantil esta cerceada por concepções ora ditas “assistencialistas”, ora dita “educativas”.  É, contudo importante pensar que a exigência de um “processo formal de avaliação” nessa etapa educativa, parece surgir por pressão das famílias, principalmente as de classe média e alta em busca de propostas verdadeiramente pedagógicas.  Evidentemente o fato de a avaliação estar presente não seria garantia de uma Educação Infantil mais ou menos assistencialista por si só, mas é importante considerar esse momento na educação.  Apesar de se iniciar neste momento certa preocupação com a questão da avaliação na Educação Infantil por parte das famílias, principalmente as que atendem crianças socialmente favorecidas, não há qualquer exigência legal dos organismos oficiais nesse sentido, podendo descaracterizar a origem burocrática da avaliação.  Somente na LDB, em 1993, capítulo VII, 3º do Substitutivo ao Projeto de Lei n.º 101, lê-se: “Na Educação Infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento do desenvolvimento da criança, sem julgamento de aprovação mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.” Hoffman (1996) coloca que “a avaliação, em Educação Infantil origina-se de fatores socioculturais próprios e passa a exigir, no sentido da expansão de políticas públicas para o atendimento educacional às crianças de zero a seis anos, uma séria reflexão a respeito dos seus pressupostos fundamentais. Principalmente, exige a investigação dos reflexos sofridos do modelo de controle vigente no ensino regular, que, atrelado á finalidade de controle das famílias sobre a eficiência da instituição, acaba por comprometer seriamente o significado dessa prática em benefício ao processo educativo”.
Contudo é preciso reafirmar que a exigência de formalizações excessivas de avaliações na Educação Infantil precisa ser analisada de maneira bastante cautelosa. De acordo com o parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, “A avaliação é instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para orientar as aprendizagens das crianças.” É preciso dizer que esse “contar a história” de uma determinada criança em um determinado espaço e tempo são realizadas por duas, três, quatro pessoas, ou seja, é um recorte, um olhar dentre tantos que poderiam surgir. É preciso ter cuidado e reafirmar que a função desse trabalho não deve estar pautada no controle do professor (a) e/ou do comportamento infantil e jamais deve se transformar numa prática avaliativa reprodutiva e impositiva. Nossa negação se encontra em pareceres descritivos que revelam concepções disciplinadoras e comparativas, que ferem seriamente o respeito à infância.
Nossa afirmação é de um parecer que fale de cada criança, em sua particularidade, respeitando seus momentos e por isto mesmo única em sua essência. Objetivamos que nossa prática avaliativa possa contribuir para o aprimoramento do desenvolvimento integral de cada criança e jamais se transformar num julgamento final e sentencionista.  Queremos que em nossos pareceres as famílias visualizem que o cotidiano da criança é verdadeiramente levado em conta e que é considerada, nesse processo, a postura pedagógica dos profissionais envolvidos e do trabalho desenvolvido com seu grupo de crianças.
Para além é preciso considerar que o processo de avaliação na Educação Infantil está inteiramente ligado ao processo de registro desses profissionais, a definição de objetivos de trabalho com as crianças e a reavaliação de todos esses momentos, reavaliação está, feita por todos os envolvidos: crianças, profissionais e famílias. Reafirmando isso, o documento das Orientações Curriculares (2011) da SME diz que: “Ao compreender a avaliação como parte de um processo mais amplo de organização da prática pedagógica, se reconhece que todos os momentos da ação pedagógica estão articulados, pois é impossível planejar e avaliar, sem observar e registrar”.
Tendo claros esses pressupostos a unidade irá desenvolver de acordo com a Portaria nº 12/2013 da SME, relatórios semestrais, um específico do grupo e um individual de cada criança, sendo que os mesmos também devem ser arquivados na Unidade. Esses relatórios de acompanhamento, como já foram mencionados, não possuem caráter seletivo, comparativo e/ou de terminalidade.  Ao contrário, se trata de contar a história de uma criança em certo período de tempo e espaço e obviamente esse contar é “recortado”, não é o todo, mas ainda assim, é legítimo.

Período de Inserção.
            A inserção na instituição educativa é o período que envolve o início das relações entre crianças, famílias e educadores. Para muitas crianças (e para muitas famílias também) os primeiros dias na instituição são bastante difíceis porque elas saem de sua casa para um ambiente desconhecido onde terão de conviver com pessoas e situações novas e diferentes.
            O choro, muitas vezes, é a forma que a criança tem de manifestar sua ansiedade e insegurança.  Chorar é uma forma de comunicar que precisa de aconchego, conforto e afeto e respeito. Entretanto, outras manifestações podem acontecer tais como: sono, doenças, apatia, passividade, rejeição à comida, vômitos.
            Neste período, se estabelecerão relações entre família e unidade educativa, exigindo a compreensão, sensibilidade, humanidade e afetividade de todos os envolvidos, necessárias para a construção de vínculos afetivos que irão facilitar a inserção da criança.
A presença da família é importante, pois transmitirá segurança e apoio para explorar e conhecer o novo ambiente e as novas pessoas que irá conviver.
            Por isso, é importante que:
- Família e professores tenham atitudes integradas, de confiança e descontração;
- Evitemos a prática de enganar, sair escondido ou mentir;
- Expliquemos às crianças que as famílias estão saindo, mas, que voltarão para pegá-los;
- Respeitemos os horários combinados em comum acordo de saída para não constranger a criança no longo tempo de espera.
- Nos dias em que a presença das famílias na instituição precisa ser permanente o professor junto a supervisão e a sala multiuso façam uma programação de apresentação dos trabalhos no G1, assuntos pertinentes ao período de inserção e oficinas de integração e construção de brinquedos propositivos para este grupo.
            A Unidade também deve se preparar para esse período, daí a importância de uma organização e um planejamento prévio. Durante esse processo, embora sejam comuns algumas situações inusitadas, é preciso considerar que cada criança manifestará seus sentimentos de uma maneira própria, o que exige dos profissionais elaborarem um planejamento que privilegie o direito a atenção individual. Logo os horários de entrada e saída das crianças na Unidade serão diferenciados, o que se aplica também ao tempo de permanência, inclusive para o mesmo grupo. Para além é preciso buscar um equilíbrio entre a proposta dos profissionais, a disponibilidade das famílias e a necessidade da criança, sempre evidentemente, priorizando está última.
            Também nesse período apresentaremos nossa Unidade e o trabalho desenvolvido na mesma, numa reunião com as famílias (todas independentes de ser o primeiro ano da criança na instituição ou não), acreditando assim contribuir para que as famílias sintam-se mais confiantes e tranqüilas neste momento de inserção. Nessa reunião explicaremos o motivo de horários diferenciados nesse início de atendimento e também como acreditamos que esse período deva ser vivenciado, como nos organizamos, além de aproveitar a oportunidade e deixá-las de sobreaviso, caso haja necessidade de alguma busca mais cedo de criança. Por fim, salientar que o papel das famílias nesse período de inserção não é o de substituir as ações dos professores, mas sim conhecer a dinâmica de funcionamento e auxiliar a criança a estabelecer uma relação de confiança frente aos desafios desse novo espaço.
  
A Educação Física no NEI Armação
Na presente proposta de Educação Física para o NEI Armação, tomamos como base a Pedagogia da Infância, entendendo a infância como categoria social que integra as múltiplas dimensões humanas aliadas às características do "ser criança", levando então em consideração as peculiaridades, interesses e necessidades singulares que as crianças de zero a seis anos apresentam quando comparadas com outras categorias etárias e buscando que tais aspectos sejam respeitados.
No constante processo de formulação/reformulação de nossas práticas pedagógicas procuramos através da brincadeira, da imaginação e de desafios, que os momentos de Educação Física proporcionem às crianças uma diversidade de experiências corporais que dão abertura para explorarem os espaços e materiais por meio dos sentidos, descobrirem e criarem movimentos novos, enfrentarem desafios descobrindo seus próprios limites, conhecerem e valorizarem o próprio corpo, entre outras situações que permitam por meio do corpo e do movimento humano que criem autonomia, se comuniquem, se expressem e interajam socialmente. Nesta perspectiva, as crianças se tornam sujeitos ativos de sua própria formação, ressignificando e reinventando os espaços, materiais e brincadeiras, e por sua vez, a Educação Física se apresenta como algo que vai além de uma disciplina que possui conteúdos, tempos e espaços previamente determinados.
É importante estar claro que estes momentos de Educação Física procuram sempre contemplar os Núcleos de Ação Pedagógica, tanto os das Relações Sociais e Culturais, quanto os das Linguagens e das Relações com a Natureza (FLORIANÓPOLIS, 2015), sendo que dentre a diversidade de práticas corporais que são ofertadas, podemos citar algumas que buscamos trabalhar indo ao encontro do que preconizam as Orientações Curriculares para a Educação Física na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 2012), no que diz respeito de maneira geral, aos jogos, danças, lutas, ginásticas, esportes e manifestações da cultura popular:
- Práticas circenses: acrobacias, malabarismos, contorcionismo, equibilibrismo, etc.
- Ginástica: jogos e brincadeiras de ginástica;
- Manifestações da cultura popular: cirandas, brincadeiras em roda, brincadeiras tradicionais e práticas de resgate de elementos da cultura local;
- Capoeira: contextualização, movimentos, ritmo e outros elementos do jogo;
- Jogos e brincadeiras utilizando os mais variados materiais/brinquedos tais como: carrinhos, bolas, arcos, cordas, balão, pneus, rolo de estimulação, túneis etc. Destaque para as atividades com água, utilizando materiais diversos como: baldes, bacias, mini piscinas, regador, mangueira, chuveiro, bonecas, sabonete, xampu, pentes, esponjas, loucinhas, entre outros;
- Jogos de perseguição, como pega-pega, pega - congela, pega-ajuda, peixe na rede etc.
- Dança: danças populares e folclóricas, moderna, clássica, de rua etc.
- Atividades musicais em relação ao movimento: música com gestos, com movimentos, jogos e brincadeiras com música (ex: estátua, dança da cadeira etc.);
- Atividades dramatúrgicas: representação e dramatização de histórias, improvisação, criação de peças;
- Jogos de faz de conta: uso de fantasias/figurinos, brincar de dirigir ônibus, caminhão, de casinha, papai/mamãe e filhinho/filhinha, de piloto, de astronauta;
- Brincadeiras historiadas associadas ao movimento;
- Elementos dos esportes;
- Construção de fantasias, fantoches, bonecos e livros, com relação às práticas corporais;
- Movimento criativo: imitação, a mímica, a exploração de objetos fixos ou móveis, dos diversos níveis de espaço, tempo, peso;
- Práticas para relaxamento e percepção corporal;
- Elementos relacionados aos projetos coletivos e projetos de sala;
- Criação, discussão e problematizarão de regras nas brincadeiras;
- Reorganização dos espaços (parque, sala, refeitório) e novas maneiras de utilizá-los:
- Passeios: saídas que possibilitam conhecer outros lugares e fazer atividades diferentes das que são realizadas na unidade, bem como passeios fora da comunidade organizados pelos professores. 
Ainda que estejamos cientes de que a Educação Física não deve assumir um caráter etapista, entendemos que os diferentes estratos etários se encontram também em diferentes níveis de desenvolvimento humano (físico, afetivo, psicológico, intelectual e social), por isso levamos os seguintes aspectos em consideração ao planejar os momentos de Educação Física:

Grupo 1 (crianças de 4 a 12 meses) e Grupo 2 (crianças de 1 a 2 anos) – as crianças se encontram em uma faixa etária própria para a experimentação de variados movimentos, valendo-se da máxima amplitude de materiais e espaços. Como exemplo, citamos: Manipular, arremessar, carregar, rolar, quicar bolas de diferentes tamanhos, pesos, texturas e cores; puxar, enrolar, amarrar e bolear cordas diferentes; rolar, arrastar, engatinhar, caminhar, escorregar, tocar, cair e levantar com o próprio corpo e com o dos outros; se enrolar, puxar e rasgar tecidos; pisar no chão, em colchões, na areia, na água, no mar; em ambientes escuros, claros, ensolarados, molhados, etc.

Grupo 3 (crianças de 2 a 3 anos) e Grupo 4 (crianças de 3 a 4 anos) – nesta faixa etária, gradualmente, as crianças se emancipam da questão do objeto por si só, que até então determinava suas ações, e este passa a assumir uma condição secundária na situação, pois agora, o pensamento, as idéias infantis de como e do quê brincar com ele, enfim, a imaginação torna-se soberana. Assim, a partir das habilidades e capacidades já exploradas nos Grupos 1 e 2, podemos exemplificar algumas outras propostas como: pular como o canguru ou um coelho, arrastar-se como uma cobra, atravessar a ponte para não cair no rio, salvar o ovo da galinha, passar pela teia da aranha, pela caverna, etc.

Grupo 5 (crianças de 4 a 5 anos) e Grupo 6 (crianças de 5 a 6 anos) - aqui as crianças brincam mais com base no sentido, ganham habilidades de controlar o próprio corpo e de criar imagens mentais a partir das palavras, de obedecer às regras mais complexas, enfim, anseiam por desafios e aceitam melhor a regulação das atividades. Se antes brincávamos nas cavernas, florestas e teias de aranha, a complexificação paulatina das propostas deve ser acompanhada de contextualização mais detalhada, seja ela imaginária com histórias contadas, seja ela real com fotos, filmes, etc. Como exemplo: pular mais longe, mais alto; subir em árvores maiores; balançar mais alto ou em pé, correr de mãos dadas ou em brincadeira mais difíceis e complexas, etc.
Em todas as faixas etárias, é imprescindível que estejamos atentos ao que chamamos de limites, capacidades e incentivos, pois sabemos que cada criança possui capacidades/habilidades diferenciadas, bem como dificuldades particulares. Assim sendo, é necessário equilíbrio entre o incentivo, o respeito e a espera, reconhecendo as singularidades de cada um nesse processo. Ou seja, a demanda das crianças também orienta as práticas de Educação Física e a sua inserção dentro da unidade. Ainda, ao mesmo tempo em que a segurança em relação à integridade física e psicológica das crianças seja uma preocupação frequente no trabalho com o movimento humano, sabemos que é necessário rever os medos e ansiedades dos adultos a fim de evitar que o zelo exagerado impeça um desenvolvimento proveitoso das propostas da Educação Física.
No que diz respeito à inserção da Educação Física nos Núcleos de Educação Infantil, a portaria 036/2007 da SME preconiza em seu Artigo 2º, parágrafo 1º que, a distribuição da carga horária dos professores de Educação Física na Educação Infantil deverá contemplar 3 (três) aulas semanais de 45 (quarenta e cinco) minutos por turma.” O parágrafo 2º desse mesmo documento permite  “(...)formas diferenciadas de organização dos dias, tempo e atividades, considerando-se a especificidade da faixa etária, bem como os princípios pedagógicos para a Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.” (FLORIANÓPOLIS, 2007).
            Já ao que diz respeito ao envolvimento institucional do professor de Educação Física, privilegiamos as práticas ligadas mais diretamente à tradição desta, no entanto não nos limitamos a isso, uma vez que compreendemos que “a educação do corpo não se limita às aulas de Educação Física, ela acompanha, atravessa, perpassa, todos os saberes e períodos que configuram o dia-a-dia das instituições” (VAZ, 2002). Assim, nos inserimos também na participação dos demais momentos que compõem o cotidiano da unidade educativa, trabalhando pedagogicamente em práticas como: higiene, alimentação, sono, parque, comemorações, festas da família, mostra educativa, projetos coletivos, reuniões pedagógicas, grupos de estudos, reuniões com as famílias, etc.
            Quanto às aulas de Educação Física propriamente dita, ressaltamos a importância de estar claro que:
- A repetição de movimentos, brincadeiras, espaços e materiais não visa um modelo de aprendizagem mecanizado, ao contrário, entende que a reiteração se torna necessária para propiciar momentos em que as crianças explore, brinquem, formule, reformulem e assim ressignifique suas práticas vivenciadas durante a Educação Física;
- um grupo de crianças deve estar sempre acompanhado de dois profissionais (o de Educação Física e outro), sendo que deve haver rodízio entre a professora e a auxiliar de sala (ou as duas presenças), isto deve ocorrer tanto para garantir a integridade física das crianças, quanto para contribuir para o sucesso dos objetivos das aulas;
- projetos pedagógicos devem ser construídos conjuntamente entre professores de sala e os de Educação Física, ou seja, este não deve adequar seu planejamento ao daquele que apresenta o seu pronto e pede para que este contribua de alguma forma.

A Rotina.
            Rotina é a seqüência de atividades desenvolvidas que objetivam a organização do dia-a-dia e é através dela que a criança estrutura seu tempo e espaço. A rotina orienta a criança a se organizar dentro de um espaço de tempo determinado, porém é flexível (alimentação, descanso e/ou sono, etc.), de modo a organizá-la de acordo com as necessidades que surjam, pois o grupo é dinâmico.
            Para Madalena Freire (1996), “a rotina é alicerce básico para que o grupo construa seus compromissos, cumpra suas tarefas, assuma suas responsabilidades, para que a construção do conhecimento possa acontecer”.  Construir a dinâmica na rotina é desafio permanente na nossa prática pedagógica cotidiana. Quando ela é mantida, as crianças podem dela se apropriar e conhecendo seu andamento podem dar sugestões e propor mudanças. A rotina é um instrumento para a criança construir sua independência e autonomia, favorecer sua socialização, fortalecer vínculos e combinados.
            Dentro da rotina deve haver espaço para o diálogo, diferenças, conflitos, divergências e contradições que fazem parte do cotidiano, “cuidando para que a imprevisibilidade característica do dia-a-dia não seja secundarizada em função da previsibilidade da rotina”. (Síntese da Qualificação – SME 2000)
Sobre Momentos de Sono ou de Repouso. (ver indicações da SME)
Esta hora constituí-se bastante importante para os bebês e crianças a partir do momento em que a concebemos como momento/espaço de relaxamento dos pequenos, principalmente os que estão sendo atendidos em período integral. Sendo assim, é um espaço que deve ser respeitado e conseqüentemente planejado para que promova o bem estar de cada criança. Nesse planejamento é importante ser considerado que diferentes crianças apresentarão diferentes necessidades e desta indicação já se sabe que nem todas dormirão e quando o fizerem, nem sempre o farão no mesmo horário, sequer apresentarão a mesma duração do sono. Todos esses aspectos deverão ser priorizados quando planejamos esses momentos. Além disso, é preciso também considerar a rotina e o sono da criança em seu convívio familiar, orientando as famílias quando essa organização em casa estiver prejudicando a criança em seu cotidiano na instituição. 
Planejar a hora do sono e/ou relaxamento, configura-se em desenvolver meios para incentivar as crianças a descansarem, contrapondo a imposição e/ou obrigação do ato, visto que isto poderia trazer conseqüências negativas para as crianças. Para isto as educadoras devem estar atentas a alguns pontos essenciais, a ser: O ambiente oferecido deve ser aconchegante, convidativo para o repouso e tranqüilo. Não deve ser um espaço totalmente escuro, para que as acrianças possam assim diferenciar o sono diurno do noturno. As janelas devem ficar abertas, favorecendo a circulação e evitando doenças. Outro aspecto é o conforto de cada criança, que deve estar sem calçados, com fralda limpa e roupas confortáveis. Para muitas crianças haverá necessidade de um objeto que a acompanhe; A este chamamos de objeto de transição e pode ser entendido como um elemento familiar, que a criança normalmente traz de casa e passa à mesma, sensação de segurança e tranqüilidade. Embora possa parecer a nós adultos um pouco sem sentido, esses objetos adquirem um caráter bastante importante na primeira infância. Normalmente esses objetos de transição “adquirem forma” nas bonecas, ursos, fraldas de pano e similares. 
A Sala Multiuso tem uma importância bastante grande nesta proposta, pois é um espaço de alternância, de possibilidades. São nestes espaços que podemos oportunizar outras propostas as crianças que não desejam (após certo tempo disponibilizado para tal) dormir. A organização geral se faz em virtude das crianças e dos grupos aos quais pertencem as mesmas, bem como de todos os profissionais da instituição, pois é preciso ter claro que esse momento não se dá apenas no horário das 12hs às 13hs e não são apenas responsáveis por ele as auxiliares de sala. Considerar a necessidade de sono e/ou relaxamento ou de não dormir de todas as crianças da Unidade perpassa pensar em todos os momentos que estas crianças aqui estão, já que não se deve decretar um momento específico para que isso ocorra, mas sim reafirmar mais uma vez que a essencialidade do trabalho realizado é a consolidação e respeito pelas particularidades e necessidades de cada criança

Sobre a Alimentação
O Nei armação entende os momentos de alimentação inseridos num processo maior de educação, que pontua a rotina dos bebês e crianças atendidas pela Unidade. É importante um acompanhamento de todos os profissionais do NEI em consonância com a família de cada criança, que irão em conjunto iniciar um processo de alimentação balanceada e saudável que deverá permear toda a vida futura dessas crianças. Por este motivo, orientado pela Portaria nº 038/2010 o cardápio da unidade é elaborado por nutricionistas da Prefeitura do Município em conjunto com as merendeiras e a Direção que procurarão assegurar uma alimentação saborosa, balanceada e que priorizará frutas e verduras da estação, bem como outros tipos de alimentos, trabalhando assim também a Educação Ambiental e o resgate da cultura gastronômica local, aliada a esses princípios anteriores. 
 Segundo a mesma Portaria, em seu 4º artigo a Unidade fica proibida de aceitar doações, realização de compras e o consumo, independente da origem, sejam de alimentos caseiros ou industrializados como, por exemplo: balas, biscoitos, pães, salgadinhos, pastéis e guloseimas em geral, sejam ofertados pelas famílias ou outros. Dito isso fica compreendido que as famílias não estão autorizadas a trazer para a Unidade ou para a turma específica de seu (a) filho (a) alimentos, seja para consumo próprio da criança ou coletivo, pois apenas consumirão alimentos feitos na cozinha da instituição.
A Unidade incentivará o aleitamento materno, pois entendemos que este seja a forma mais saudável de alimentação, principalmente nos seis primeiros meses de vida (inclusive apontada como alimentação que deveria ser exclusiva até esse período de idade do bebê). No entanto, compreendendo também o retorno cada vez mais cedo das mulheres após a maternidade ao trabalho, ficará atenta as crianças menores, propondo um acompanhamento mais sistemático, através da realização de anamneses com a família e trabalho junto ao Posto de Saúde da comunidade e a nutricionista que atende a Unidade. Atualmente contamos com a parceria da Diretoria de Educação Infantil que incentiva e apresenta soluções para que as mães permaneçam alimentando seus bebês através do Projeto “Creche Amiga da Amamentação”.
No Grupo I é importante priorizar, sempre que possível, a administração dos alimentos seja realizado pelos próprios professores e auxiliares de sala, possibilitando assim um vínculo afetivo necessário nesta etapa. No momento em que se inicia o processo de alimentação é importante que todos os bebês estejam bem acomodados e seguros.  As rotinas, canções e afins se constituirão elementos essenciais no desenvolvimento cognitivo, principalmente para demarcação de tempo e espaço da criança na primeira infância e deverão ser iniciadas já neste momento.
Com o passar dos meses deve ser trabalhada a autonomia da criança no momento da alimentação, com a inserção de novos alimentos e o uso de talheres variados, sempre em parceria com as famílias. É preciso trabalhar com atenção e respeito à questão das escolhas e das recusas; Devemos aceitar que uma criança não coma determinado alimento, mas isto não quer dizer não incentivar e estimular essa conquista tão importante. Por exemplo: Podemos aceitar perfeitamente que uma criança não coma maçã, mas devemos estar bastante atentos a uma criança que se recusa a comer qualquer fruta. Assim, algumas vezes, os profissionais da educação, Supervisão ou Direção procurarão parceria com as famílias, fazendo um trabalho preventivo nesses casos específicos.  O contrário, também desde cedo deve ser trabalhado e neste aspecto o estar sempre junto às crianças, orientando e diferenciando com os pequenos “o que é estar bem alimentado”, o que é gula e alertando para o desperdício de alimentos. Casos específicos de bebês e crianças com restrições alimentares deverão ser encaminhados para Unidade, que junto com a nutricionista encaminharão as modificações/adaptações necessárias, mediante atestado médico. Quanto à organização dos momentos de Alimentação na Unidade:
              As crianças são atendidas em período parcial ou integral, conforme matrícula. Os parciais farão um lanche no início do período e um almoço ou janta, conforme o período de atendimento.  Ja os integrals, terão dois lanches e duas refeições.
As refeições acontecem no espaço do refeitório, em forma de self-service, promovendo a autonomia das crianças, que são acompanhadas pelas professoras e auxiliares de sala, conforme Projeto de Refeitório, anexo neste P.P.P. (anexo 03).
              Os bebês do Grupo I fazem seus lanches e refeições em sala, sempre na perspectiva de promoção da autonomia dos mesmos, sendo que em alguns momentos usarão também outros espaços da Unidade para a alimentação, ampliando deste modo suas experiências espaciais e de organização.
              A alimentação na Unidade está integrada a toda uma rotina maior e este é mais um dos fatores que ressaltam a importância das famílias respeitarem os horários indicados pelo NEI.


              A alimentação é organizada através de buffet, no qual as crianças se servem. Há uma vasilha para as crianças depositarem os restos de alimentos que sobram. Também foi organizado um espaço fora do refeitório (hall) para as crianças comerem as frutas.
              O almoço e a janta serão realizados no refeitório; O café e o lanche são opcionais para os grupos menores (espaço). Os grupos maiores realizam o momento da sobremesa em sala ou num espaço organizado no hall por suas professoras, em função do refeitório ser pequeno para o número de turmas da unidade, viabilizando assim horários para todos os grupos do Nei realizarem este momento específico de alimentação.
              O Grupo II, por enquanto, continua a realizar suas refeições na sala ou em mesa próxima a sua sala de referência.
              A primeira mesa de buffet no turno matutino e vespertino será organizada pelas profissionais da limpeza, sendo que durante todo o período que as crianças estiverem utilizando o refeitório (almoço e janta) uma profissional da limpeza deve permanecer no espaço.
              A Unidade já experimentou algumas organizações dentro do Refeitório e atualmente as turmas vão com suas professoras a este espaço. Essas profissionais argumentam que desta forma é possível acompanhar as crianças de seu grupo e assim fornecerem informações mais detalhadas as famílias. A interação entre crianças de diferentes grupos e diferentes idades continua há existir neste espaço e em outros da unidade.

Sala Multiuso
Ao se pensar sobre espaços na Educação Infantil parece nítido a necessidade de relacioná-los com aspectos ligados as necessidades de bebês e crianças, as questões de segurança e a possibilidade de estimular e propiciar a autonomia dos mesmos.  Logo, é possível concluir: Os espaços estão junto às possibilidades e estas últimas a um bom desenvolvimento infantil. Assegurar, então, esses espaços/possibilidades torna-se algo essencial.
De acordo com os Parâmetros Básicos de Infra-estrutura para Instituições da Educação Infantil (MEC-2006) a Sala Multiuso está inserida e possui um papel bastante importante na organização dos espaços nas instituições de Educação Infantil. O documento diz que “embora as salas de atividades (de cada grupo) sejam concebidas como espaço multiuso, prevendo-se a organização de cantos de leitura, brincadeiras, jogos, dentre outros” é importante ressaltar “a importância da organização de um espaço destinado a atividades diferenciadas, planejadas de acordo com a proposta pedagógica da instituição, como alternativa para biblioteca, sala de televisão, vídeo ou DVD e som.” O mesmo documento ainda “chama a atenção” para necessidade de essa sala ter capacidade mínima para atendimento à maior turma da Unidade.
Aqui em nossa Unidade a Sala Multiuso já se consolidou como espaço imprescindível, seja através de parcerias com os Projetos desenvolvidos pelos diferentes grupos, sejam através das variadas propostas e/ou apresentações feitas pela responsável por esse espaço, cada vez mais a Sala Multiuso torna-se um espaço de referência dentro do Nei Armação. 

Formação Continuada e em Serviço
Por entender que é de extrema importância cada vez mais os profissionail inseridos na Educação Infantil terem acesso aos conhecimentos atuais referentes à Educação Infantil, a formação continuada se faz necessária e consolida-se essencial nesta perspectiva. É com estudo e formação contínua que poderemos analisar temáticas inerentes à infância na cultura contemporânea, a cultura da infancia e também resgatar conhecimentos psicopedagógicos sobre a fase da vida, aspectos relacionados à capacidade de construir projetos educativos, além das estruturas relacionais entre adulto e criança, bem como entre famílias e instituição.
Na unidade a formação continuada se dá nos momentos de Reuniões Pedagógicas, Planejamentos, Grupos de Pais, de profissionais e assessoria descentralizada da SME.
A Metodologia será conforme o tipo de Formação (Em Reuniões Pedagógicas, por Grupos de Pais ou Atendimentos Individuais). De modo geral faremos estudos, rodas de discussão, debates, teatro e apresentações. As leituras, de modo geral, serão prévias aos encontros e utilizaremos recursos como vídeo, fotografia, multimídia, dentre outros.

Formação em Reuniões Pedagógicas.
As Reuniões Pedagógicas na unidade são diurnas com a participação de todos os funcionários da unidade. Estes encontros constituem um espaço de estudos de temas específicos da Educação Infantil, socializações, debate de problemas e busca de soluções, bem como deliberações de ações coletivas. Este espaço é garantido para que todos os profissionais possam ter momentos de integração e socialização dos registros, dos acontecimentos sendo importante garantir a participação de todos, além de representantes da comunidade escolar.  Por fim, nas reuniões pedagógicas será reservado um espaço de tempo de uma hora para planejamento. Ao fim deste momento, ou um dia após, a Supervisão Escolar deve receber uma sistematização por escrito deste planejamento.

Formação organizada pela Diretoria de Educação Infantil
A Formação Continuada organizada pela Diretoria de Educação Infantil acontecerá na hora atividade dos professores, professores auxiliares, professores de Educação Física e Supervisão constituem momentos de estudo com a carga horária de quatro horas cada encontro.
Ainda sobre esses momentos de formação é importante pontuar que tanto as reuniões pedagógicas, quanto as formações organizadas pela Diretoria de Educação Infantil serão registradas como hora-atividade dos professores.


Formação nos Grupos de Pais
Os encontros devem acontecer bimestralmente, totalizando quatro momentos ao longo do ano. Em cada um desses momentos é definido com a contribuição de todos (via levantamento de interesses por questionário) nas escolhas dos temas a serem debatidos. Os temas estão ligados ao universo infantil, ao que as famílias e profissionais estão constantemente lidando em seus cotidianos. A dinâmica se concretiza num ambiente informal onde a metodologia pode ser as mais variadas privilegiando momentos de conversa e de troca de vivências.
Na Educação Infantil, comumente, o contato entre famílias e instituição é muito maior que em outras etapas educativas. Contudo ainda é preciso cuidar e qualificar esses encontros a fim de que cada vez mais o espaço de nossa Unidade seja de acolhimento, de compartilhamento e principalmente de confiança. É preciso que as famílias conheçam e compreendam nossas ações, nossas escolhas, nossas negações. E isso é fundamental por um único motivo: tanto Unidade quanto família compartilham do desejo único de ver bebês e crianças bens, crescendo felizes, saudáveis e com autonomia, num espaço estimulante e seguro.
            Assim os momentos com o Grupo de Pais se configuram num espaço bastante oportuno, onde famílias, professoras e funcionárias podem discutir aspectos relacionados ao desenvolvimento infantil, as questões relacionadas com formas de educar e demais conhecimentos atuais referentes à Infância e a Educação Infantil.

Formação Individual com Atendimento junto a Supervisão Escolar.
Constituí-se num momento de troca de informações sobre os planejamentos e encaminhamentos pedagógicos do(s) grupo(s) a que pertencem cada professor, definindo, quando necessário, novas estratégias de intervenção no grupo e também temas para leitura e estudo. A Supervisão estará assessorando esses momentos de planejamento conforme a hora atividade de cada profissional, buscando acompanhar e qualificar a prática pedagógica.

Escola do Mar
Localizada na praia do Forte, no norte da Ilha de Santa Catarina a Escola do Mar tem como premissa ser um espaço de referência em educação marinha e costeira na região da Grande Florianópolis. O Projeto é coordenado pela Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis em parceria com outros órgãos (Universidade Federal de Santa Catarina, Instituto Carijós, IGEOF, Sapiens Parque, EPAGRI, FLORAN, Marinha do Brasil) e o objetivo é o de criar vivências, estabelecer relações e preservar o ambiente. 
Segundo o espaço na internet dedicado a Escola do Mar “o projeto realiza atividades que contribuem para a sustentabilidade na Ilha de Santa Catarina, através da sensibilização dos cidadãos aos problemas ambientais do município e região. Organizam, além de atividades de educação ambiental para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, eventos de cunho educativo e pedagógico; com ênfase em educação marinha e costeira. Entre as atividades destaque para o reconhecimento das áreas naturais e ecossistemas marinhos e costeiros da ilha de Santa Catarina e região, valorização da cultura e história local, articulação interdisciplinar a partir de diferentes espaços educativos e formação continuada dos profissionais educadores”.
            Do outro lado da ilha, mais especificamente no sul da mesma, localiza-se o Nei Armação, unidade de Educação Infantil, também pertencente à mesma prefeitura. A instituição atende cerca de 290 crianças, de período integral ou parcial. Nos últimos anos o bairro onde a unidade situa-se passou por processos bastante preocupantes de degradação ambiental, ligados principalmente à questão costeira. Evidente que as crianças acabaram por observar essas situações no bairro em que vivem e assim trouxeram demandas ligadas a Educação Ambiental para dentro do Nei Armação. Além dessa demanda trazida pelas crianças, compreendemos e referendamos o dever das instituições educativas na problematização e discussão dos temas ligadas a Educação Ambiental, tal como a conscientização dos familiares e comunidade no que diz respeito ao ambiente em que vivem.
Dito isto, nossa procura foi por nossa unidade estar participando do Projeto Escola do Mar, que muito têm contribuído nestes últimos dois anos (iniciamos em 2011). As crianças têm experimentado possibilidades de trabalho com a Educação Ambiental de forma lúdica, estimulante e esclarecedora. Foram saídas com embarcações, apresentações em mostras (VI Eco Festival/2011; VII Eco Festival e IV Seminário da Escola do Mar/2012), caminhadas ecológicas, oficinas de reutilização de sucatas; essas atividades estão vinculadas a Escola do Mar e são oportunidades únicas de experimentação e descobrimento.
Sendo assim, entendemos que nossa unidade também é parceira da Escola do Mar. Embora nem todos os grupos participem diretamente na adesão ao projeto (o que não quer disser que não desenvolvam projetos semelhantes ligados ao tema), todos se beneficiam do mesmo, já que pelas interações que acontecem no Nei Armação, todas as turminhas acabam por ter contato com as propostas que os grupos que aderiram no ano estão a desenvolver, criando assim uma corrente de conhecimento e informação que esperamos contribuir numa verdadeira Educação Ambiental, que de fato faça a diferença nas futuras gerações. 
Sendo assim, entendemos que nossa unidade também é parceira da Escola do Mar. Embora nem todos os grupos participem diretamente na adesão ao projeto outros semelhantes, ligados ao tema, também são desenvolvidos, beneficiando a toda unidade, criando assim uma corrente de conhecimento e informação que esperamos contribuir numa verdadeira Educação Ambiental, que de fato faça a diferença nas futuras gerações. 

APP NEI ARMAÇÃO
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E PROFISSIONAIS DO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ARMAÇÂO
Em junho de 2009 o NEI ARMAÇÃO instituiu em sua Unidade a Associação de Pais e Profissionais, a APP, que utilizará a sigla APP – NEI ARMAÇÃO, cuja finalidade principal é a colaboração na assistência e formação da criança, por meio da aproximação entre pais, educandos e profissionais da Educação, promovendo a integração poder pública – comunidade – Unidade Educativa e família.

DIRETORIA – 2016/2017.

Presidente:
Primeira Secretária:.
Segunda Secretária:.
Primeira Tesoureira:.
Segunda Tesoureira:
Representante de Funcionários:
Suplente de Representante do Corpo Docente:.
Representante de Pais:.
Suplente de Representante de Pais:.

CONSELHO DELIBERATIVO 2015/2016
            Órgão que definirá as linhas prioritárias de ação educacional e que deliberará sobre os diversos aspectos concernentes à vida da Unidade Educativa. Também é o responsável pelo controle e fiscalização da APP.

Presidente – Diretora da Unidade: 

Representantes Titulares dos Funcionários:.
                                                                            .

Representantes Suplentes dos Funcionários:.
                                                                            .

 Representantes Titulares dos Pais:.
                                                             .

Representante Suplente dos Pais:.                                           


BIBLIOGRAFIAS.

ABRAMOWICZ, Anete.  WAYSKOP, Gisela. Creches – Atividades para Crianças de zero a seis anos. Editora Moderna; São Paulo/ SP, 1995.
BATISTA, Rosa. A Rotina no dia-a-dia da Creche: Entre o Proposto e o Vivido.
Florianópolis. UFSC. 1998 (Dissertação de Mestrado).
BONDIOLI, Anna; MANTOVANI, Susanna. Manual da Educação Infantil. Editora Artemed; Porto Alegre/RS, 1998.
EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As Cem Linguagens da Criança - A Abordagem de Reggio Emília na Educação da Primeira Infância. Editora Artemed; Porto Alegre/RS, 1999.
FLORIANÓPOLIS. Formação em Serviço: partilhando saberes, vislumbrando novas perspectivas. Cadernos de Formação. Divisão de Educação Infantil. Florianópolis. PMF/SME, 2004.
FLORIANÓPOLIS. Diretrizes Educacionais Pedagógicas para Educação Infantil. Florianópolis: Prelo Gráfica & Editora Ltda., 2010.
FLORIANÓPOLIS, Orientações Curriculares Para a Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis; 2011 – versão preliminar.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação - Os Projetos de Trabalho. Editora Artemed; Porto Alegre/RS, 1998.
HOFFMANN, Juçara. Avaliação na Pré-Escola – Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança. Editora Mediação; Porto Alegre/RS, 1996.
MACHADO, Maria Angélica Antunes. Posso Falar? Canções para Estimulação da Linguagem Oral; Florianópolis, 2000. Escritórios de Direitos Autorais; EDA/RJ, 2000.
MACHADO, Rosângela. Programa Escola Aberta às Diferenças – Consolidando o Movimento de Reorganização Didática. Florianópolis, PRELO, 2004. Prefeitura Municipal de Florianópolis – Secretária Municipal de Educação. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér (org). Caminhos pedagógicos da Inclusão. São Paulo: Memnon, 2001.
OSTETTO, Luciana E. (org.). Educação Infantil – Saberes e Fazeres da Formação de Professores. Editora Papirus; Campinas/SP, 2008.
OSTETTO, Luciana E. e LEITE, Maria I. Arte, Infância e Formação de Professores. Editora Papirus; Campinas/S.P, 2004. 
REIS, Sílvia Marina Guedes dos. A Matemática no Cotidiano Infantil – Jogos e Atividades com Crianças de 3 a 6 anos para o Desenvolvimento do Raciocínio Lógico-Matemático. Editora Papirus; Campinas/SP, 2006.
RIZZO, Gilda. Creche – Organização, Currículo, Montagem e Funcionamento. Editora Bertrand Brasil; Rio de Janeiro/RJ, 2006.
SARTORI, Ari José & BRITTO, Néli Suzana. Gênero na Educação: Espaço para Diversidade. Genus, Florianópolis, 2004.
SOLÉ, Isabel; BASSEDAS, Eulália; HUGUET, Teresa. Aprender e Ensinar na Educação Infantil. Editora Artemed; Porto Alegre/RS, 1999.
ZABALZA, Miguel. Qualidade em Educação Infantil. Editora Artemed; Porto Alegre/RS, 1998.
CADERNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Prefeitura Municipal de Blumenau - Secretária Municipal de Educação – Novembro de 2002.
Caderno I: Retratos da Rede – Organização, Tempos, Espaços, Fazeres.
Caderno II: Retratos do Cotidiano – Planejamento, Registro, Avaliação.
Caderno III: Linguagens – As minhas, As Suas, As Nossas...
Caderno IV: Vamos Todos Cirandar: “Essa Ciranda Não é Minha Só. Ela é de Todos Nós!”.
Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília; MEC/SEB, 2009.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília. MEC/SEB, 2010.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília; MEC/SEF, 1998.   Volume I: Introdução;
Volume II: Formação Pessoal e Social;
Volume III: Conhecimento de Mundo.
PPP do NEI Armação – Anos anteriores

Referências consultadas na educação física:
FLORIANÓPOLIS. Portaria no 036/07 de 9 de abril de 2007. Altera a portaria no 067/06, que Estabeleceu os critérios de Distribuição das vagas para os Cargos integrantes dos grupos Docente e especialistas em assuntos Educacionais do quadro do Magistério nas unidades educativas. Diário Oficial do Município de Florianópolis. Florianópolis, SC, 9 abr 2007.

FLORIANÓPOLIS. Orientações Curriculares para a Educação Física na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis – SC. Realização: Coletivo de professores de Educação Física que atuam na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis – SC e do Grupo de Estudos Independente da Educação Física na Educação Infantil (GEIEFEI), 2012.

FLORIANÓPOLIS. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis/SC, 2015.

VAZ, A. F. Aspectos, contradições e mal entendidos da educação do corpo e da infância.  Motrivivência, Florianópolis, v.13, n. 19, p. 7-11, 2002.



ANEXOS
ANEXO 01
Profissionais da Educação em 2016
EDUCADORES
FUNÇÃO
FORMAÇÃO
PERÍODO
01




02




03
Ana Carolina Campos Steinmetz Martins
Professora auxiliar (Substituta)
e auxiliar de sala
Pedagogia – Especialização
Integral
04




05




06
Angélica Dilza Pinheiro Silveira
Auxiliar de Sala
Pedagogia – Especialização
Matutino
07




08
Catarina Deodata de Matos
Cozinheira
Ensino Fund. Incompleto
Vespertino
09
Camila Costa da Silva Teixeira
Auxiliar de sala
Pedagogia
Matutino
10
Claudete Benta Oda
Professora
Pedagogia – Especialização
Integral
11




12




13
Cleusa Sirlei Becker Leal
Professora (Substituta)
Pedagogia – Especialização
Vespertino
14
Débora Clara Ferreirra
Auxiliar de sala e professora auxiliar (Substituta)
Pedagogia – Especialização
Integral
15
Delma Nadir Martins
Auxiliar de Sala
Pedagogia
Vespertino
16
Diana Corrêa de Sá
Auxiliar de Sala
Pedagogia – Especialização
Matutino
17
Dulcineia Aparecida Silva da Silva
Professora
Pedagogia – Especialização
Matutino
18




19




20




21
Gracelaine Battisti
Diretora
Pedagogia – Especialização
Integral
22




23
Janaina da Silveira
Coordenadora Pedagogica
Pedagogia - Especialização
Integral
24
Jeisi Petersen
Auxiliar de serviços

Vespertino
25




26
Karina Santos
Professora e Professora auxiliar (Substituta)
Pedagogia – Especialização
Integral
27
Laís Brod Bacci
Auxiliar de sala
Pedagogia
Matutino
28
Lenissa Coutinho
Professora Ed. Física
Educação Física – Especialização
Vespertino
29




30
Marcelo dos Santos Nogueira
Professor Ed. Física
Educação Física – Especialização
Vespertino
31
Marcia Nilda Pereira Ramos
Professora auxiliar (Licença Prêmio)
Pedagogia – Especialização
Integral
32




33
Marcia Maria de Souza Mendes da Rosa
Auxiliar de sala
Pedagogia -
Vespertino
34
Marcia Mariano
Cozinheira (Readaptada)
Ensino Médio
Integral
35
Marcia Regina Tamanini
 Professora
Pedagogia
Integral
36




37




38
Marinete Maria Sodré Pereira
Auxiliar de Sala
Pedagogia
Vesptino
39
Margarete Olga Pires
Auxiliar de serviços
Ensino Médio Incompleto
Vespertino
40
Michelle
Auxiliar de sala

Matutino
41
Nanci Zart
Auxiliar de Sala
Pedagogia
Vespertino
42
Natália
Professora (Substituta)
Pedagogia
Integral
43




44




45




46




47




48




49
Renata Vieira Holm
Professora
Pedagogia – Especialização
Integral
50
Roselaine Scherer
Auxiliar de Serviços

Vespertino
51
Rosiane Flor Pires Soares
Auxiliar de sala

Matutino
52
Samantha Lino Geneves Paulino
Auxiliar de sala
Pedagogia – Especialização
Vespertino
53




54




55




56
Vanesa Marcello Venâncio
Auxiliar de sala
Ensino Médio
Vespertino
57










  Atualizado em:
ANEXO 02
PROJETO INFORMATIVO VIVENDO E APRENDENDO

ANEXO 03

PROJETO ANIVERSÁRIO COLETIVO.

ANEXO 04

PROJETO ARTE E CULTURA

ANEXO 05
PROJETO PARQUE

ANEXO 06
PROJETO COLORINDO
ANEXO 07
PROJETO REFEITORIO





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